INCONTINÊNCIA URINÁRIA
- fisioexplica
- 11 de fev. de 2016
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A incontinência urinaria (IU) é caracterizada como a perda involuntária de urina, onde essa perda pode ser aumentada com o passar da idade, atingindo cerca de 5% das mulheres jovens e 50% nas idosas (BOTELHO, et al, 2007; OLIVEIRA, et al, 2010).

Fonte: marcioantoniassi.wordpress.com
A Sociedade Internacional de Continência (ICS) indica que a incontinência urinaria deve ser descrita associada a fatores específicos e notáveis, tais como: tipo, frequência, gravidade, fatores precipitantes, impacto social, efeitos na higiene e qualidade de vida, medidas usadas para quantificar a perda e se a paciente procurou ou não obter ajuda para aliviar os sintomas. De acordo com um estudo realizado por Oliveira et al (2010) intitulado Avaliação dos fatores relacionados à ocorrência da incontinência urinária feminina, através de entrevistas com 253 mulheres do estado de São Paulo, apontou que a idade, parto normal, parto fórcipe e peso do recém-nascido elevado apresentam associação direta com a ocorrência da incontinência urinaria.
O tipo de IU mais comum entre as mulheres é a incontinência urinária de esforço (IUE) onde a mulher perde urina involuntariamente ao aumentar a pressão intra-abdominal, é definida como a perda involuntária de urina no esforço ou exercício, tosse ou espirro, podendo refletir em problemas sociais e psicológicos (FOZZATTI et al, 2008; BOTELHO et al, 2007). Essa disfunção pode estar associada a pressão intra-vesical que ultrapassa a pressão uretral, acarretando na perda de urina (BATELHO et al, 2007).

Fonte: escrevendosobrematernidade.com.br
Episódios de IU pode provocar na mulher constrangimento social, disfunção sexual, e redução no desempenho profissional, podendo gerar isolamento social, estresse, depressão, sentimento de vergonha, condições de incapacidade e baixa auto-estima sendo possível resultar em significativa morbidade (HIGA; et al, 2006).
O tratamento vai depender do tipo e causas de IU podendo ser cirúrgico ou conservador. Entretanto, o tratamento fisioterapeutico tem sido recomendado como uma abordagem inicial por se tratar de um tratamento conservador ao contrario do cirúrgico que envolve procedimentos invasivos, de maiores riscos, e custos elevados podendo ser contra-indicado para algumas mulheres.
Os exercícios fisioterápicos de fortalecimento do assoalho pélvico, os cones vaginais e a eletroestimulação intravaginal têm apresentado resultados expressivos para a melhora dos sintomas de IU em até 85% dos casos. Um dos principais objetivos do tratamento fisioterápico é o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, pois a melhora da força e da função desta musculatura favorece uma contração consciente e efetiva nos momentos de aumento da pressão intra-abdominal, evitando assim as perdas urinárias. Também colaboram positivamente na melhora do tônus e das transmissões de pressões da uretra, reforçando o mecanismo de continência urinária. (RETT, et al, 2007).

Fonte: anadoulaenutri.blogspot.com
Sendo assim, a fisioterapia se mostra ser uma ótima opção para o tratamento de incontinência urinaria. Não tenha vergonha de buscar ajuda para tratar a sua disfunção! Agende a sua avaliação.
REFERÊNCIAS:
BOTELHO, F.; SILVA, C.; CRUZ, F. Incontinência Urinária Femenina. Revista Acta Urológica. Vol. 24, nº 1, p. 79-82. 2007.
FOZZATTI, M. C.; et al. Impacto da reeducação postural global no tratamento da incontinência urinária de esforço femenino. Rev Assoc Med Bras. Campinas. Vol. 54, nº 1, p. 17-22. 2008.
HIGA, R.; et al. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Rev Esc Enferm USP. São Paulo. Vol. 42, nº 1, p. 187-92. Abril, 2006.
OLIVEIRA, Emerson; et al. Avaliação dos fatores relacionados à ocorrência da incontinência urinária femenina. Rev Assoc Med Bras. Santo André. Vol. 56, nº 6, p. 688-90. 2010.
RETT, M.; et al. Qualidade de vida em mulheres após tratamento da incontinência urinária de esforço com fisioterapia. Rev Bras Ginecol Obstet. Rio de Janeiro. Vol. 29, nº 3. Mar. 2007.
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